O isolamento social imposto pela pandemia da covid-19 e a consequente adesão das empresas ao modelo de home office fizeram aumentar o número de nômades digitais. Levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) revela que 70% dos entrevistados não têm apego a um lar fixo. Esse movimento se mostra uma tendência. As pessoas perceberam que era possível unir trabalho e viagem sem precisar tirar férias para isso.
Para acompanhar esse novo comportamento da sociedade, o conceito de moradia passou por ampla mudança de visão de mundo. E impulsionou, também, o crescimento da Housi, primeira plataforma de moradia ajustável 100% digital do mundo, criada há dois anos.
Morar de aluguel com contrato ajustável possibilitou às pessoas mudar de casa, de acordo com as necessidades do momento. Mas sem se preocupar com multa rescisória ou burocracia de uma locação tradicional.
“Percebemos que está havendo mudanças de hábitos de consumo e de comportamento no mundo inteiro. A Covid-19 mudou completamente nossas vidas e acelerou a necessidade de mobilidade e flexibilidade da população como um todo. Apressou incrivelmente tendências que vinham se estabelecendo no comportamento das pessoas.
De uma hora para outra, um percentual enorme da população do planeta estava trabalhando remotamente e morando em locais incomuns. Agora, o sonho da casa própria também está em xeque”, acredita Alexandre Frankel, diretor executivo da Housi.
Moradia ajustável é desejo de 82% dos jovens entre 16 e 24 anos
O estudo do IPESPE apontou, ainda, que 82% dos jovens brasileiros entre 16 e 24 anos querem experimentar a moradia ajustável. Entre os mais velhos, 52% são simpáticos à ideia. Somente os idosos resistem mais à mudança (36%). Além disso, apenas 26% dos entrevistados veem com bons olhos o financiamento bancário da casa própria ao longo de 30 anos.
“A moradia é cada vez mais percebida como um serviço. Estamos em uma era em que o ‘ter’ dá lugar ao ‘usar’. Os custos do ‘usar’ podem ser muito menores dos que os de ‘ter’. A vantagem de serviço contratado sob demanda é a possibilidade de se adaptar e adequar às diferentes fases da vida, às mudanças de perfil e necessidades”, afirma Frankel.
Com o objetivo de avaliar o comportamento recente do setor de moradia e a experiência dos nômades digitais, Alexandre Frankel lançou, no fim de 2020, o livro “Como viver em um mundo sem casa”. A publicação trata justamente das novas tendências de relacionamento com o espaço urbano. Desde questões ligadas à mobilidade, à forma de trabalho, até a maneira como influenciam na relação das pessoas com a moradia.
Veja algumas modalidades de nomadismo digital
Nômade digital do trabalho
Plataformas online, nacionais e internacionais são um caminho a seguir e criar seu portfólio ou iniciar sua nova carreira. Portais como Workana, Get Ninjas, Crowd, 99freelas oferecem vagas.
Coworking
São espaços onde você e outros profissionais de diferentes empresas e segmentos trabalham no mesmo ambiente, dividindo as despesas gerais e os locais de área comum. O objetivo principal é o compartilhamento de espaço e a economia de recursos. Você aluga uma estação de trabalho de acordo com suas necessidades. Há no mercado planos por hora, por mês e até anuais.
Visto
É uma realidade em alguns países ao redor do mundo oferecer visto para nômades digitais. Em 11 países já é possível ter o visto: Antígua e Barbuda, Barbados, Ilhas Cayman, Costa Rica, República Tcheca, Estônia, Geórgia, Alemanha, México, Bermudas e Portugal.
Fonte:coworkingbrasil.org ,Visar Planejamento