Burnout virou doença de trabalho? Agora como será?

Burnout virou doença de trabalho? Agora como será?

Atualmente o índice de afastamentos decorrentes  de problemas emocionais têm preocupado as companhias.

A novidade é que agora a síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, passou a ser reconhecida como doença ocupacional.  

A Síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional, é caracterizada pelo excesso crônico de estresse ocupacional que leva ao cansaço emocional e físico, influenciando na redução da capacidade do indivíduo. 

Um  estudo do PhD em Neurociência e Biologia, Prof. Dr Fabiano de abreu agrela, que foi publicado na Recisatec Revista Científica saúde e Tecnologia, revelou que a correlação da alta produtividade e da Síndrome de Burnout é possível, porém, não necessariamente se apresentam como fenômeno decorrente um do outro.  

Foto: Dr. Fabiano de Abreu Agrela

No estudo, o Neurocientista explica que “a alta produtividade no trabalho é algo comum atualmente, as pessoas querem produzir mais, de maneira rápida, sabendo administrar melhor o seu tempo de modo que não se casem muito e sejam práticos”. 

A OMS incluiu o Burnout na Classificação Internacional de Doenças (CID-11), que entrou em vigor neste ano de 2022. 

Significa que o empregado afetado tem direitos. Assim como acontece com as demais doenças.

É agora como prova que tenho Síndrome Burnout?

Como provar a Síndrome de Burnout é algo que ainda gera muitas dúvidas, principalmente na hora de pedir uma indenização.

Você vai precisar de documentos Médicos como:

  • Atestados;
  • Laudos;
  • Relatórios;
  • Declarações;
  • Receitas.
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O que as empresas precisam fazer agora? 

O esgotamento e o estresse preocupava a gerenciamento de pessoas pela falta de engajamento, menor produtividade ou perda de profissionalismo, agora o Burnout ganha mais um fator de risco, o Jurídico e Financeiro.

Para o Dr. Rui Brandão, Médico e fundador do Zenklub, as empresas precisam  se posicionar mais nas questões de saúde integral para redução dos riscos.

 

“É necessário trazer elementos para que todos consigam ter consciência mais rápido e prevenir”.

O executivo percebeu que as empresas tinham ações desestruturadas para lidar com o tema e com pouca ou nenhuma medição de efetividade. Era uma aula de ioga, ou um espaço de descompressão que ficou em desuso no escritório, ou uma roda de conversa ocasional sobre saúde mental.

“Falta coerência e estratégia”, diz Brandão.   

Na prática, o trabalhador passou a ter direito hà licença médica até 15 dias remunerados pelo empregado  e auxílio-doença acidentário, pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), se afastado por mais 15 dias. Além disso, o afastamento gera estabilidade de 12 meses após retorno ao trabalho.

Para as empresas isso pode refletir na aferição da acidentalidade, ou seja, companhias que registram mais acidentes ou doenças ocupacionais devem pagar mais imposto do que aquelas que acidentam menos.

“Falta coerência e estratégia”, diz Brandão.   

A partir disso, o objetivo do estudo de Agrela foi compreender a diferença entre um indivíduo produtivo e aquele com a Síndrome de Burnout, a partir da revisão de literatura, realizada através de bases  de dados.          

“Um indivíduo altamente produtivo é aquele que consegue desempenhar  diferentes ações em diferentes áreas da vida (física, social, emocional e profissional) com equilíbrio, por isso apresenta alta produtividade, por manutenção de metas e foco em objetivos, principalmente para a sua saúde mental e física”, diz trecho do estudo.
  

Já o esgotamento ocorre quando o sistema nervoso central fica inflamado e acaba sendo mediado pelo sistema imunológico com taxas de alta ou baixa quantidade de cortisol e, ao mesmo tempo, liberando substâncias que levam a sensação de prazer como a dopamina e a serotonina, que são neurotransmissores, desregulando-os.

Sobre Fabiano de Abreu Agrela

O Dr. Fabiano de Abreu Agrela é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo.

Nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negocios na Espanha, FABIC do Brasil e investigador cientista na Universidad Santander de México. Registros profissionais: FENS PT 30079 / SFN C-015737 / SBNEC 6028488 / SPSIG 2515/5476.

Fontes: MF Press Global,zenklub,wtw,recisatec

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